Credibilidade, respeito e comprometimento com a verdade

Todo jogo online competitivo precisa se sustentar em três pilares básicos: credibilidade, respeito aos jogadores e comprometimento com a verdade. Quando um estúdio falha nesses pontos, qualquer outra promessa se torna vazia. É exatamente o que aconteceu com Warborne, que ao final do beta preferiu criar uma narrativa falsa em vez de assumir a realidade dos fatos — prejudicando diversos clãs que jogaram de forma limpa e se dedicaram durante todo o período de testes.

Até hoje a empresa não veio a público se explicar, e enquanto o silêncio se prolonga, a mentira ganha força. O resultado? Um jogo que começa seu ciclo já com a confiança abalada.

A escolha de uma mentira conveniente

Durante o beta test, apenas três clãs tiveram real relevância competitiva: SHROUD, BOMBA e BRIDGEWATCH (este último, marcado por abusos de exploits e hacks). Após a saída em massa desses grupos e de boa parte da comunidade competitiva, a desenvolvedora ficou sem vitrine. Foi aí que surgiu a decisão mais preocupante: “eleger” a narrativa de vitória do clã FULLDIDOS, um grupo que mal existia até o fim do beta e que jamais teve impacto significativo no cenário.

Em vez de lidar com o esvaziamento do jogo e reconhecer os erros, a empresa preferiu comprar uma mentira conveniente e espalhá-la. O objetivo era claro: atrair jogadores novos com a promessa ilusória de que iriam se juntar a um “clã campeão”. Na prática, trata-se apenas da velha tática de inflar números, transformando jogadores em soldados descartáveis para um sistema que premia quantidade sobre qualidade — o mesmo erro estrutural que já comprometeu outros MMOs como Albion Online.

O preço da falta de liderança

Jogos competitivos massivos não sobrevivem sem liderança real e sem callers experientes. Quando não há estrutura, valores claros e organização, a experiência se degrada rapidamente em dependência emocional: jogadores carentes de direção se agarram a qualquer promessa, mesmo que vazia, em troca de uma sensação de pertencimento.

O resultado é previsível: padrões cada vez mais baixos de organização, qualidade de jogo comprometida e comunidades fadadas a repetir os mesmos erros.

Um modelo insustentável

Warborne apresenta ainda problemas graves de design e operação:

  • Ausência de público para assistir e renovar a base de jogadores.
  • Dependência extrema de grind desde o início, forçando longas sessões para não ser excluído de sistemas limitados de filas e lutas.
  • Tecnologia defasada, com mapas que não suportam nem 200 jogadores simultâneos.
  • Engano técnico no servidor: a tela de login mostra ping de 30ms (aparentemente local), mas dentro do jogo esse número sobe para mais de 150ms, revelando que o servidor não é de fato regional.

Esses são apenas exemplos de uma lista de truques sujos usados para mascarar falhas estruturais.

Silêncio diante da crítica

Outro ponto que reforça a falta de credibilidade é a postura da empresa frente ao feedback: críticas legítimas de jogadores no beta da Steam foram apagadas em vez de respondidas. Jogadores com centenas de horas dedicadas foram simplesmente ignorados, como se a opinião deles fosse descartável. É um padrão perigoso: manipular a percepção pública em vez de encarar os problemas reais.

O farelo e os porcos

No curto prazo, talvez alguns jogadores aceitem esse farelo. E como diz o ditado: quando o farelo é bom, os porcos não reclamam. Mas em uma ou duas semanas ficará claro que Warborne é um projeto falho, baseado em um modelo ultrapassado que copia Albion Online — um jogo que só se mantém vivo pela falta de alternativas no mercado, não pela qualidade da sua proposta.

Quando a mentira é boa, jogadores carentes e alienados sentem prazer em espalhá-la. É esse o risco real: transformar manipulação em marketing.

Conclusão

A Manual Gamer vai continuar acompanhando de perto e expondo todas as práticas obscuras que Warborne tentar aplicar para manipular seus jogadores. O jogo é desenhado para esconder suas falhas no início, mas como já vimos em Albion Online, o end game revela a ausência de balanceamento, liderança e qualidade.

Até lá, muitos jogadores já terão sido enganados, descartados por clãs oportunistas ou simplesmente desistido. Mas enquanto houver quem tente vender narrativas falsas, estaremos aqui para expor a verdade que eles tentam esconder. E no próximo artigo vamos expor criadores de conteúdo que estão espalhando a mesma mentira por aí, e quais os potenciais streamers e sites que não possuem compromisso nenhum com a comunidade gamer e que podem ser pagos para promover o jogo mas que obviamente vão abandona-lo após o período de promoção acabar deixando jogadores sem propósito e liderança exatamente como o streamer Rakin fez.

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