O peso da liderança verdadeira: Albion, SHROUD e a queda da qualidade nas lutas

Foram seis anos atuando como shotcaller de ZvZ massivo em Albion Online, período no qual liderei batalhas históricas e conquistei duas Crystal Leagues como shotcaller principal. Minha guild, a lendária SHROUD, moldou a cena competitiva – até ser destruída por grupos que preferiram glitches e alianças escusas. A partir daí, a qualidade das lutas caiu de forma brusca. E aqui está a verdade incômoda: não adianta ter milhares de jogadores se não existem verdadeiros líderes de batalha.

Esse modelo de MMO onde todos seguem ordens cegamente de um shotcaller está ultrapassado. Os próprios números do Warborne provam isso: mesmo com toda a propaganda, foram absurdamente inferiores ao SUPERVIVE, um jogo ainda em beta que já disputa espaço contra gigantes como League of Legends e Fortnite – e entrega uma experiência muito mais sólida.

O legado tóxico: BOLO, Rakin e a sabotagem das guerras

Entre as guilds que se uniram para arruinar a experiência dos meus jogadores estava a BOLO, do streamer Rakin. Ele jogou o game duas vezes, abandonou logo depois, o streamer em si não possui nenhum envolvido nas atitudes que seus membros cometeram posteriormente, mas pelo fato de ter sido pago para promover o jogo ele tinha a responsabilidade de orientar seu público de não danificar a imagem do jogo que fortaleceu o seu trabalho, mas como isso não foi feito é por esse motivo muitos dos seus seguidores passaram a tratar o Warborne como playground pois a falta de um líder permite que os membros sintam-se no direito de fazerem o que quiser, incluindo desvirtuar-se do propósito do jogo. Na minha experiência, isso acabou incentivando que membros jogassem de forma a atrapalhar outros pois apesar de possuírem muitos membros, nenhum deles era um líder de fato e no vídeo abaixo mostra claramente a diferença de nível entre a minha guild e qualquer outra que estava presente naquela Guerra.

Na minha experiência, alguns streamers promovem comportamentos tóxicos no jogo, e que fomenta ainda mais a toxidade geral. O Warborne permitiu insultos raciais no chat global, sem qualquer moderação ativa. Isso não é apenas um problema de comunidade – é uma falha estrutural de administração.

Vídeo de 1 hora mostrando minha guild SHROUD lutando contra múltiplos inimigos que preferiram se unir em vez de competir.

O grande resultado do playtest

A guild que venceu o playtest no meu servidor foi a BRIDEGWATCH, liderada por um jogador conhecido por hand holding, ou seja, buscar paz com inimigos para eliminar outros jogadores – uma prática que sempre odiei em MMOs. Para compensar suas derrotas constantes em diversas guerras, recorreram a criar contas falsas apenas para erguer bases falsas de proteção, evitando serem atacados. Graças a esse artifício, conseguiram chegar ao centro do mapa e, no final de tudo, ainda foram recompensados financeiramente pelo próprio jogo pela “vitória”. Uma das situações mais bizarras já vistas em qualquer MMO.

Do hype ao fracasso anunciado

Warborne: Above Ashes chega em 19 de setembro de 2025, prometendo ser o “novo grande MMO de guerra massiva”. Mas o que vimos nos testes contradiz completamente essa promessa. Durante o Total War Test, que deveria ser a grande vitrine do jogo, a experiência foi marcada por bugs, exploits e hand holding descarado entre guilds que deveriam competir.

E quem o estúdio promove como “embaixadores da comunidade”? Justamente as mesmas guilds e criadores de conteúdo que abusaram de bugs para estragar o teste. É de um amadorismo gritante: recompensar quem destruiu a experiência em vez de puni-los.

Administração que leva crítica para o lado pessoal

E aqui entra talvez o erro mais grave: a administração do jogo é incapaz de lidar com críticas. Em vez de profissionalismo, preferem levar feedback para o lado pessoal, negando oportunidades dentro da comunidade e silenciando vozes que apontam problemas reais. Como confiar em um MMO desse porte quando até o gerenciamento de comunidade é tão frágil e egocêntrico? Se não é possível considerar o feedback, denúncias de um líder que somou mais de 400 horas de jogo durante o Playtest, não consigo ver qual tipo de contato estão tentando construir com a comunidade.

Pay to Win disfarçado de MMO de guerra

A cereja do bolo: Warborne caminha a passos largos para se tornar um pay to win descarado. O modelo de monetização continua pouco transparente a menos de um mês do lançamento, e a comunidade já levanta suspeitas fundadas. Um MMO de guerra massiva que coloca o peso do cartão de crédito acima da habilidade estratégica está morto antes de nascer.

Reclamações da comunidade não faltam

E não é só minha experiência. Jogadores em fóruns e Discords apontam problemas como:

  • Stack desigual e zerg sem contrapeso real.
  • Time-to-kill desbalanceado.
  • Viagens longas e entediantes sem propósito.
  • Ausência de ferramentas competitivas que poderiam torná-lo viável como esport.

Nada disso foi corrigido. Nada disso foi tratado com seriedade.

Veredito: um castelo de cartas prestes a ruir

O Warborne que prometeram nunca existiu. O que temos é um ambiente tóxico, apoiado em streamers que só pensam em si mesmos, promovido por administradores que não sabem lidar com críticas, e construído sobre um alicerce frágil de bugs, exploits e promessas vazias.

No final das contas, Warborne não é a “guerra massiva do futuro”. É apenas mais um MMO que confunde números com qualidade, e que morrerá tão rápido quanto foi anunciado.

E quando a poeira baixar, os players vão se lembrar: não faltaram avisos.

Conclusão Final: O jogo não foi capaz de entregar o que prometeu

Existe um motivo claro para tanta perseguição contra mim e a SHROUD. No vídeo abaixo, eu e os apenas 15 leais membros que restaram na guild destruímos todos os outros clans dentro do chamado Vault (as masmorras estáticas do jogo). A cena deixa evidente que nunca houve competitividade real – nós éramos simplesmente muito superiores. Eu nem sequer conhecia a maioria dos meus membros, mas tenho a capacidade de transformar jogadores novos em guerreiros imbatíveis. E isso é algo que guilds fechadas e engessadas como a BRIDEGWATCH e a BOLO do streamer Rakin nunca aceitaram: perder para alguém que não se apoiava em panelas, mas sim em liderança verdadeira.

Eu jamais perderia para jogadores com pouca experiência em combate massivo. Mas o que as imagens mostram com clareza é que a administração do Warborne escolheu apoiar os lados errados. Resultado? Nenhum jogador sério de MMO massivo permanecerá nesse jogo. As pessoas vão instalar, testar, e no mesmo dia desinstalar ao perceber que ninguém ali é capaz de liderar e gerir um clan em um título que exige guerra 24/7 – algo ainda mais desgastante do que Albion Online, outro exemplo de MMO tóxico que cobra demais dos jogadores e devolve muito pouco. No fim, o esforço simplesmente não vale a pena.

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Black Montz

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